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Burocracia atrasa o país, diz Marcos Pereira em encontro com varejistas de alimentos

Ministro se reuniu com representantes do Instituto Foodservice Brasil (IFB), que congrega 33 das maiores empresas do setor de alimentação
Ministro se reuniu com representantes do Instituto Foodservice Brasil (IFB), que congrega 33 das maiores empresas do setor de alimentação

Em encontro nesta segunda-feira com representantes do Instituto Foodservice Brasil (IFB), que congrega 33 das maiores empresas do setor de alimentação, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, disse que a burocracia tem atrasado o desenvolvimento do país e que está trabalhando para promover avanços significativos na melhoria do ambiente de negócios no Brasil. Ele foi convidado pelo presidente da entidade, Alexandre Guerra (CEO Giraffas).

O ministro fez um panorama do cenário nacional, a exemplo dos encontros com o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e as associações comerciais de São Paulo e do Rio de Janeiro, e novamente defendeu a modernização da legislação brasileira e a revisão das obrigações acessórias. “O Brasil é apenas o 116º entre 189 países propícios para se fazer negócios”, lamentou ao citar o ranking Doing Bussiness 2016, do Grupo Banco Mundial.

Marcos Pereira criticou aqueles que fomentam a disputa entre “nós e eles” e que colocam empresários e trabalhadores em “lados opostos na mesa”. Ele disse que é hora de todos atuarem de forma conjunta para recuperar a economia. “Não existe melhor programa social que o emprego. Dignidade para uma pessoa é quando ela tem dois endereços: o de casa e o do emprego”. Para o ministro, é preciso tirar o empresário do sufoco.

O ministro falou ainda das demandas que já está trabalhando junto a outros ministérios, como a reforma do PIS/Cofins e a nota fiscal eletrônica de serviços na Fazenda, e da necessidade de se aprovar o trabalho intermitente, que permitirá ao empresário – especialmente em negócios com movimentos sazonais – a contratação do trabalhador por hora móvel e não fixa, como ocorre por exemplo nos Estados Unidos.

“Integramos um governo de reunificação e de reconstrução nacional. Algumas medidas mais impopulares deverão ser tomadas para que o Brasil avance. Creio que o presidente Michel Temer e a equipe de ministros está preparada para isso. Eu estou totalmente empenhado em deixar algum legado para as próximas gerações”, disse Marcos Pereira.

O conselheiro do IFB Marcos Gouvêa (Gouvêa de Souza&MD) disse que o encontro de hoje marcou um período de proximidade com o MDIC e que o setor participará com mais protagonismo das discussões. Gouvêa manifestou preocupação, no entanto, com os gastos do governo. Para ele, o Estado precisa “caber na realidade do país”. O ministro pediu um voto de confiança e que os empresários continuem acreditando no Brasil.

Sobre o IFB
Criado por iniciativa de representantes das principais empresas do setor de ‘foodservice’, o IFB representa a a união da cadeia de valor e busca soluções para temas que impactam suas atuações no mercado de alimentação fora do lar. Estas e empresas geral mais de 220 mil empregos em mais de 9,6 mil lojas e faturam R$ 60 bilhões por ano.

Compõem a diretoria, além de Guerra e Gouvêa: Marcelo Marinis (Martin Brower); Fábio Alvez (Burguer King); Ricardo Marque (Unilever); Ely Mizrahi (DFS Holding); Marcelo Citrângulo (Nestlé); Ricardo Bomeny (BFFC) e Tupanangyr Gomes (Martin Brower).

Fonte: Ascom MDIC